No próximo sábado, dia 24, o aniversário do Rio Capibaribe será marcado por um evento especial, no Parque das Esculturas de Brennand (Marco Zero). Com patrocínio da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Governo do Estado de Pernambuco e apoio da Fundarpe, o projeto “Vida ao Rio das Capivaras!” promoverá uma sessão gratuita de “Febre do Rato”, de Cláudio Assis, seguido de pocket-show com o pianista Vítor Araújo. A partir das 20h30, um catamarã transportará o público gratuitamente, do Marco Zero ao Parque das Esculturas.
Será a oportunidade de assistir a “Febre do Rato” no contexto em que foi filmado, investindo assim na sinergia entre cultura, arte e conscientização ambiental. Como pesquisa para o filme, o cineasta Cláudio Assis navegou o Capibaribe com o diretor de fotografia Walter Carvalho por três caminhos diferentes, até o bairro da Várzea. Do rio, é possível ter outro ponto de vista sobre a realidade da cidade.
Realizado pelas produtoras Parabólica Brasil e Perdidas Ilusões, o principal objetivo do projeto é convidar a população para viver o Capibaribe, propondo uma nova maneira de olhar para o rio, que corta e define a capital pernambucana. “A ideia é iniciar um movimento”, diz Cláudio Assis, que idealizou o projeto. “Queremos provocar uma discussão e refletir sobre a relação do rio com a cidade e com isso, inserir a data no calendário cultural do Recife”.
Pocket-show - O músico pernambucano Vítor Araújo, que participa do elenco de “Febre do Rato”, se apresentará após o filme, tocando piano posicionado entre as obras de Brennand. Enquanto isso, no telão, serão projetadas fotos realizadas por crianças e pescadores que vivem às margens do rio, em oficina promovida pela ONG Recapibaribe. A seleção do material será feito pela fotógrafa Maria Chaves. Ainda em parceria com a Recapibaribe, o projeto “Vida ao Rio das Capivaras!” oferecerá um café da manhã para pescadores que participam, na manhã do dia 24, da atividade anual da coleta de lixo no leito do rio.
Estrutura – Um telão de 8 metros de largura será instalado no Parque das Estruturas onde “Febre do Rato” será exibido a partir de um projetor digital de sete mil ansi-lumens e som Dolby 5.1. O público poderá assistir ao filme e ao show em cadeiras instaladas no local. O movimento das águas será calmo, pois a noite do dia 24 será a maré mais baixa do ano.
Vida ao Rio das Capivaras!
Quando: sábado, 24 de novembro de 2012, a partir das 20h30
Onde: Parque das Esculturas de Brennand (Recife Antigo)
Como chegar: De carro, acesso por Brasília Teimosa; De catamarã, acesso pelo Marco Zero (traslado gratuito).
Classificação indicativa do filme: não recomendado para menores de 18 anos.
Entrada franca
Informações: 3032.4816
Assessoria de imprensa: André Dib: (81) 9675-6252
Entrevistas com Cláudio Assis: (81) 9786-4101
Socorro Catanhede (Recapibaribe): (81) 8421-6618
O Rio das Capivaras - O Capibaribe é o Recife. Recife é o Capibaribe. Impossível pensar a capital pernambucana sem o rio que lhe caracteriza, lhe corta, lhe notabiliza. Desde que o Governo do Estado instituiu o Dia do Rio Capibaribe, a cidade viu fortalecida a obrigação de repensar sua convivência com o rio, principalmente por outros prismas.
O nome Capibaribe tem origem tupi: Caapiuar-y-be ou Capibara-ybe. Nascido o rio das capivaras ou dos porcos selvagens, o Capibaribe hoje é o rio do Recife, a capital de Pernambuco. Vem da Serra do Jacarará, no Brejo da Madre de Deus, e percorre cerca de 250 quilômetros até desaguar no Oceano Atlântico. Os números impõem respeito: passa por 42 municípios pernambucanos, tem 74 afluentes, sua bacia tem 5,8 mil quilômetros quadrados.
Seu curso e o traçado formado por ele na paisagem urbana da cidade ajudam a dar ao Recife o epíteto de Veneza Brasileira. Como outras metrópoles, o Recife tem um rio para chamar de seu, que demarca seus bairros, simboliza seu centro histórico, participa do cotidiano em verso, prosa e imagens da cidade. E também clama por atenção.
Em março de 2010, o Governo do Estado de Pernambuco sancionou a Lei 14.011, de autoria do deputado estadual Augusto Coutinho, e instituiu o Dia do Rio Capibaribe, a ser festejado no dia 24 de novembro.
Cláudio Assis
Nascido em Caruaru, em 1959, é cineasta pernambucano e sócio da produtora Perdidas Ilusões. Diretor dos curtas-metragens “Henrique” (ficção, 1987), “Soneto do Desmantelo Blue” (ficção, 1993), “Viva o Cinema” (documentário, 1996) e “Texas Hotel” (ficção, 1999) e dos longas “Amarelo Manga” (2002), “Baixio das Bestas” (2006) e “Febre do Rato” (2011). Presidente da Associação de Produtores de Cinema do Norte e do Nordeste - APCNN.
Maria Chaves
Nascido no Recife, em 1978, é jornalista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (2002), com pós-graduação em Economia da Cultura pela Fundação Joaquim Nabuco/Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008), em Fotografia - Linguagem e Expressão pela Universidade Cândido Mendes (RJ) (2005) e no Programa de Formação Courants du Monde, no módulo Financiamento e Economia da Cultura, oferecido pelo Governo da França na Maison des Cultures du Monde/Universidade Paris-Dauphine (2005). Vencedora do Prêmio Wedding Brasil de Fotografia (2001).
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