Pensar de maneira sustentável significa pensar no outro. Significa pensar de forma sistêmica. Significa pensar em causa e efeito. Significa pensar no amanhã
“Era uma vez uma menina que queria ser amada.” Assim começa a minha história com a sustentabilidade. Simples assim. Como toda criança pequena que quer ser querida por seus pais e amigos, eu me esforçava para acertar. Foi assim que aprendi a exercitar a empatia e a me colocar no lugar do outro. E o que isso tem a ver com sustentabilidade? A meu ver, empatia e sustentabilidade andam de mãos dadas, e a primeira é condição necessária para que se entenda, de fato, a segunda. Porque pensar de maneira sustentável significa pensar no outro. Significa pensar de forma sistêmica. Significa pensar em causa e efeito. Significa pensar no amanhã. Nosso modelo de crescimento, baseado na busca da produtividade monodimensional, mostra-se cada vez mais limitado, levando-nos a um estado de esgotamento dos recursos não renováveis. As implicações dessa realidade são brutais não só para os negócios, pois sofrerão os custos dessas externalidades, mas também para a vida em nosso planeta.
Mas há alternativa, e esta, no meu entender, passa pelo trabalho em rede na busca por novos modelos de negócios e de uma nova maneira de estabelecermos relações de confiança entre sociedade civil organizada, iniciativa privada, governo e academia. Pois, mesmo que o ponto de vista seja distinto, todos queremos resolver os desafios da convivência de nove bilhões de pessoas em um mesmo planeta, no futuro, ao mesmo tempo em que buscamos inclusão social e econômica, dinamismo dos mercados e a preservação dos recursos naturais, que são a garantia da perpetuidade da nossa espécie.
Para que a sustentabilidade saia do conceito (ou preconceito!) e vire prática, ela precisa ser mais do que uma ideia, precisa ser um valor. Porque não existe um caminho pré-definido para a busca da sustentabilidade na vida e nos negócios: existem as decisões que tomamos todos os dias; e se agimos pensando apenas no hoje e em nós mesmos ou também no amanhã e na comunidade na qual vivemos.
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