Os dados, anunciados durante o lançamento das Metas
de Sustentabilidade para os Municípios Brasileiros, realizado na quinta-feira
(23/8) pela Rede Nossa São Paulo, Rede Social Brasileira por Cidades Justas e
Sustentáveis e Instituto Ethos, servem de pano de fundo para demonstrar a
importância de repensar os modelos de desenvolvimento urbano sob a ótica
socioambiental.
Diversos candidatos a prefeitos das cidades foram
convidados a conhecer o trabalho realizado com base em pesquisas e observações,
que relaciona cem indicadores básicos para o diagnóstico da sustentabilidade,
com metas e sugestões baseadas em parâmetros internacionais e em experiências
positivas de cidades ao redor do mundo.
O programa, inédito no mundo, utiliza uma
plataforma com agenda de ações sustentáveis, indicadores e exemplos de boas
práticas para sensibilizar, mobilizar e ajudar na criação de cidades mais justas
e sustentáveis.
Os políticos também são convidados a assinar a
carta compromisso, na qual afirmam que produzirão um documento de diagnóstico da
situação atual que contenha, no mínimo, os indicadores básicos da Plataforma
Cidades Sustentáveis.
“Indicadores e metas são ferramentas fantásticas
para a governança”, afirma Vicente Andreu Grillo, presidente da Agência Nacional
de Águas (ANA), que esteve presente para representar o Ministério do Meio
Ambiente.
Até o momento, somente cerca de 550 prefeituráveis
(de um total de 15.466 candidatos neste ano) assinaram o documento, e cinco
partidos nacionais aderiram ao documento. “Vamos continuar a abordar mais
governantes mesmo depois das eleições”, diz Oded Grajew, coordenador do
Programa.
“Os prefeitos têm poder e autonomia para legislar
sem ter que esperar decisões
do governo federal. Enquanto discutem no Congresso Nacional a reformulação do
Código Florestal, na cidade onde atuo aumentamos de 30 para 60 metros o tamanho
das Áreas de Preservação Permanente”, conta Sílvio Barros, atual prefeito de
Maringá, cidade do interior do Estado do Paraná.
Para Eduardo Tadeu, presidente da Associação
Brasileira de Municípios, é preciso participação efetiva da sociedade para que
as cidades se desenvolvam de forma mais sustentável. “Temos que implantar um
novo paradigma cuja base é a solidariedade e não mais o individualismo.”
“Cada cidade precisa ser reinventada conforme as
suas peculiaridades. Não é possível tratá-las de modo uniforme”, frisa Emídio de
Souza, representante
da Frente Nacional dos Prefeitos.
Segundo Grajew, está em andamento uma parceira com
o Ministério das Cidades e o Ministério do Meio Ambiente para oferecer
capacitação a prefeitos de todo o Brasil. “A ideia é que os políticos recebam
mais informações
sobre gestão e assim consigam avançar e atingir as metas.”
por Tatiane Ribeiro, do Prêmio Empreendedor Social
* Publicado
originalmente no site Prêmio Empreendedor Social/Folha de S.Paulo.
(Prêmio
Empreendedor Social/Folha de S.Paulo)
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