quarta-feira, 6 de junho de 2012

Rio + 20, Estolcomo + 40




Hoje, 05 de junho de 2012, comemoram-se os 40 anos da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada na Suécia e conhecida internacionalmente como Conferência de Estolcomo.
 O principal tema de debate foi pautado no que o Homem estava provocando à Natureza e os graves riscos que esta degradação poderia criar contra o bem estar da humanidade.
Assim sendo, os países ricos daquela época, os considerados já industrializados, sugeriram medidas preventivas de crescimento voltada a conservação dos recursos naturais. Em contra partida, os países pobres ou menos industrializados argumentavam que se encontravam diante de graves problemas sociais e a necessidade de desenvolver as suas economias.
Diante desta dicotomia a Conferência produziu uma proposta de moratória do crescimento baseada no relatório “Limites do crescimento”, escrito por Denis Meadows, um dos membros do Clube de Roma, fundado em 1968 por um grupo de 30 Economistas, Cientistas, Educadores e Industriais na cidade de Roma.
De Estolcomo 72 até a Rio 92, o que se viu foi uma constante polêmica em torno da partilha das responsabilidades, já que naquela época reinava a ideia de que o crescimento da economia gerava degradação ambiental e, neste caso,  o correto seria frear a economia. Então, qual a melhor forma de se fazê-lo? Regras isonômicas para todos os países? Restringir a expansão econômica dos países pobres?
Superada esta situação econômica pelo Brasil, que pode ser considerado nos dias atuais como um país desenvolvido, ou pelo menos um país em transição para os menos otimistas, na Rio + 20 urge a necessidade de um equilíbrio sustentável real, o mais próximo da realidade prática do que do discurso, já que o termo “Sustentabilidade” tão falado, discutido remete a um equilíbrio econômico, social e ambiental, aliados ao respeito cultural e atitudes éticas.
Neste contexto, devemos superar alguns desafios. Entre eles a equânime distribuição de renda, rigoroso controle dos gastos públicos, não apenas pelos órgãos competentes, mas também pela sociedade civil organizada e a própria consciência humana, inibindo-se a corrupção e os famosos escândalos dos desvios de verbas, um dos nossos maiores males. Não podemos esquecer-nos de incentivar os Programas de intenso treinamento educacional voltados para a melhoria das gestões integradas entre os fatores já citados. E que a Rio + 20 seja de fato um evento Sustentável, que os problemas da atualidade sejam discutidos de forma abrangente e séria por todas as autoridades dos países participantes e que supere a expectativa de um acordo factível a todos os povos.
Fernando Antonio Araújo Cavalcanti
Economiário e Pós graduando do Curso de Gestão e Planejamento Ambiental da FCAP.

Nenhum comentário:

Postar um comentário