Hoje, 05 de junho de 2012,
comemoram-se os 40 anos da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano, realizada na Suécia e conhecida internacionalmente como Conferência de
Estolcomo.
O principal tema de debate foi pautado no que
o Homem estava provocando à Natureza e os graves riscos que esta degradação
poderia criar contra o bem estar da humanidade.
Assim sendo, os países ricos
daquela época, os considerados já industrializados, sugeriram medidas
preventivas de crescimento voltada a conservação dos recursos naturais. Em
contra partida, os países pobres ou menos industrializados argumentavam que se
encontravam diante de graves problemas sociais e a necessidade de desenvolver
as suas economias.
Diante desta dicotomia a
Conferência produziu uma proposta de moratória do crescimento baseada no relatório
“Limites do crescimento”, escrito por Denis Meadows, um dos membros do Clube de
Roma, fundado em 1968 por um grupo de 30 Economistas, Cientistas, Educadores e
Industriais na cidade de Roma.
De Estolcomo 72 até a Rio 92, o
que se viu foi uma constante polêmica em torno da partilha das
responsabilidades, já que naquela época reinava a ideia de que o crescimento da
economia gerava degradação ambiental e, neste caso, o correto seria frear a economia. Então, qual
a melhor forma de se fazê-lo? Regras isonômicas para todos os países?
Restringir a expansão econômica dos países pobres?
Superada esta situação econômica
pelo Brasil, que pode ser considerado nos dias atuais como um país
desenvolvido, ou pelo menos um país em transição para os menos otimistas, na
Rio + 20 urge a necessidade de um equilíbrio sustentável real, o mais próximo
da realidade prática do que do discurso, já que o termo “Sustentabilidade” tão
falado, discutido remete a um equilíbrio econômico, social e ambiental, aliados
ao respeito cultural e atitudes éticas.
Neste contexto, devemos superar
alguns desafios. Entre eles a equânime distribuição de renda, rigoroso controle
dos gastos públicos, não apenas pelos órgãos competentes, mas também pela
sociedade civil organizada e a própria consciência humana, inibindo-se a
corrupção e os famosos escândalos dos desvios de verbas, um dos nossos maiores
males. Não podemos esquecer-nos de incentivar os Programas de intenso treinamento
educacional voltados para a melhoria das gestões integradas entre os fatores já
citados. E que a Rio + 20 seja de fato um evento Sustentável, que os problemas
da atualidade sejam discutidos de forma abrangente e séria por todas as
autoridades dos países participantes e que supere a expectativa de um acordo
factível a todos os povos.
Fernando Antonio Araújo
Cavalcanti
Economiário e Pós graduando do
Curso de Gestão e Planejamento Ambiental da FCAP.
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