Essas placas deslizam umas de encontro às outras,
provocando
terremotos e criando novas cadeias de montanhas.
Quando duas
placas se separam um continente pode se fragmentar
e um oceano
surgir no meio.
Foi assim que nasceu o Oceano Atlântico, quando a
América se separou da África, há 200 milhões de anos.

NASCIMENTO - O mesmo fenômeno está acontecendo agora perto da região
conhecida como “o chifre da África”. Para o cientista Tim Wright e sua equipe
da universidade de Oxford, trata-se de uma oportunidade única de observar o
nascimento de um novo mar, mapeando o avanço da rachadura com imagens
do satélite europeu Envisat. A pesquisa foi publicada na famosa revista
científica “Nature” e os dados preliminares indicam que a Etiópia e a Eritréia
estarão separadas do resto da África dentro de um milhão de anos.
Daí que ninguém precisa se preocupar com as conseqüências desta fenda no
mundo. A mudança climática global é muito mais urgente e pode afetar nossa
civilização dentro de menos de 50 anos, ao contrário das mudanças geológicas
que levam milênios para produzirem grande mudanças. Toda aquela região do
oeste e noroeste africano sempre foi marcada por intensa atividade vulcânica.
Terremotos de origem vulcânica
Foi lá, num vale vulcânico chamado de Rift Valley pelos
cientistas, que a espécie humana surgiu e se espalhou
para o resto do mundo. Os paleontólogos que fazem
pesquisas na região encontram camadas de cinzas
depositadas por intensas erupções que aconteceram
há milhões de anos.
Terremotos que causaram as fissuras e os dias
Date - Events - Magnitude
14 Sep 2005 - 1 - 4.6
20 Sep 2005 - 2 - 5.5
21 Sep 2005 - 16 - 4.9
22 Sep 2005 - 12 - 4.9
23 Sep 2005 - 9 - 4.8
24 Sep 2005 - 29 - 5.6
25 Sep 2005 - 42 - 5.2
26 Sep 2005 - 9 - 5.2
27 Sep 2005 - 1 - 4.5
28 Sep 2005 - 5 - 5.1
29 Sep 2005 - 2 - 4.8
01 Oct 2005 - 1 - 4.5
02 Oct 2005 - 1 - 5.0
04 Oct 2005 - 1 - 4.5

Outra região semelhante, mas muito mais perigosa é o
chamado Cinturão de Fogo do Pacífico, perto do sudeste
asiático. Lá, a crosta terrestre está se abrindo no fundo
do mar, o que provoca abalos submarinos capazes de
gerar ondas gigantes, os tsunamis, como os que
atingiram recentemente a Indonésia.
Não há nada que a humanidade possa fazer para deter
esses processos de movimentação da crosta do
Planeta.
As populações que moram nessas regiões
geologicamente
ativas podem apenas se precaver, instalando bóias de
alerta
contra tsunamis e evitando morar perto dos vulcões e
das fendas.
em atividade, como esta da África.
Como cresce o fundo do mar
As placas que formam a crosta do nosso planeta flutuam
como balsas em cima de um oceano de magma,
ou rocha derretida a mais de mil graus de temperatura.
Assim, sempre que uma fenda se abre, a lava brota do
interior do planeta, preenchendo rapidamente a abertura.
Quando a lava esfria, ela se solidifica formando uma
nova crosta no lugar da que se partiu. O fundo do mar
cresce deste modo, com a América do Sul e a África
se afastando gradualmente, enquanto a rachadura no
meio do oceano vai sendo preenchida com camadas
de um novo solo marinho.
No caso da fenda na África, o novo solo formado no
interior da fenda vai ficar abaixo do nível do mar, provocando a gradual invasão das águas do Mar Vermelho e
formando um novo oceano. Isso faz com que a geografia do planeta mude gradualmente ao longo das eras.
Se um viajante do tempo chegar na Terra, daqui a 250 milhões de anos, vai ter que desenhar um novo mapa do
mundo. Porque provavelmente a Califórnia já terá se separado dos EUA, a Etiópia do resto da África e é provável
até que a América Central tenha se fragmentado, criando um braço de mar a unir o Atlântico e o Pacífico. (JLC)
Por Clélia Dahlem da Silva
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário