quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Rachadura (fissura) na Etiópia



Fenda sofre um processo vulcânico praticamente igual ao que ocorre no fundo dos oceanos
Rachadura na etiópia tem 56 km de comprimento e pode dar origem a um novo oceano.
 Uma equipe internacional de cientistas diz que uma rachadura existente no solo da Etiópia representa, provavelmente, a formação de um novo oceano. A fenda, que tem 56 km de comprimento, sofre um processo vulcânico praticamente igual ao que ocorre no fundo dos oceanos.
Em poucos dias o “buraco” já tinha praticamente o mesmo tamanho que tem hoje.

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 A rachadura se abriu em 2005, quando um vulcão chamado Dabbahu entrou em erupção, 
derramou lava no local e começou a aumentar o tamanho da fenda nas duas direções. 



 Em um estudo publicado na revista científica Geophysical Research Letters, 
os pesquisadores dizem que o objetivo era entender se o que está acontecendo na 
Etiópia acontece também no fundo dos oceanos, onde, dizem eles, 
é praticamente impossível ir.


Maiores vulcões da Etiópia.
Rift Valley, a fissura que está se abrindo
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Agora eles confirmaram que isso é verdade. Estudiosos da Etiópia, Estados Unidos, Inglaterra e França estão envolvidos no projeto.





A ficção científica voltou a virar realidade na semana passada, com um anúncio feito por cientistas da universidade
 de Oxford.
 Eles estão monitorando uma grande rachadura que surgiu na crosta do nosso planeta, depois de um terremoto
ocorrido na África,
em setembro do ano passado.

           A rachadura está crescendo com uma velocidade sem precedentes e é a maior já vista em séculos. 
         Com 60 quilômetros ela pode chegar ao Mar Vermelho, separando a Etiópia e a Eritréia 
         do resto do continente africano e criando um novo oceano.
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  Mais de 2,5 quilômetros cúbicos de lava incandescente
 já brotaram da rachadura, 
 o suficiente para encher mil estádios de futebol.
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 A situação lembra um filme de ficção científica 
da década de 1960, 
chamado “Uma Fenda no Mundo”. 
No filme a crosta terrestre se rachava devido 
a uma explosão atômica 
subterrânea e o planeta acabava se fragmentando, 
apesar de todos os esforços 
dos cientistas para conter o avanço da rachadura.
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 Na vida real nada de tão radical deve acontecer. 
A fenda que apareceu na África é o resultado 
do movimento normal das chamadas placas tectônicas. 
O mundo em que vivemos é como uma grande bola de
 futebol, 
com a crosta sólida dividida em placas, como aquelas
 seções 
de couro que formam as bolas.

  Essas placas deslizam umas de encontro às outras,
 provocando 
terremotos e criando novas cadeias de montanhas. 
Quando duas 
placas se separam um continente pode se fragmentar 
e um oceano 
surgir no meio.
 Foi assim que nasceu o Oceano Atlântico, quando a 
América se separou da África, há 200 milhões de anos.
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NASCIMENTO - O mesmo fenômeno está acontecendo agora perto da região 
conhecida como “o chifre da África”. Para o cientista Tim Wright e sua equipe 
da universidade de Oxford, trata-se de uma oportunidade única de observar o 
nascimento de um novo mar, mapeando o avanço da rachadura com imagens
 do satélite europeu Envisat. A pesquisa foi publicada na famosa revista 
científica “Nature” e os dados preliminares indicam que a Etiópia e a Eritréia 
estarão separadas do resto da África dentro de um milhão de anos.

Daí que ninguém precisa se preocupar com as conseqüências desta fenda no
mundo. A mudança climática global é muito mais urgente e pode afetar nossa
civilização dentro de menos de 50 anos, ao contrário das mudanças geológicas
 que levam milênios para produzirem grande mudanças. Toda aquela região do
oeste e noroeste africano sempre foi marcada por intensa atividade vulcânica.

Terremotos de origem vulcânica
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 Foi lá, num vale vulcânico chamado de Rift Valley pelos 
cientistas, que a espécie humana surgiu e se espalhou
 para o resto do mundo. Os paleontólogos que fazem 
pesquisas na região encontram camadas de cinzas 
depositadas por intensas erupções que aconteceram 
há milhões de anos.
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Terremotos que causaram as fissuras e os dias
Date - Events  - Magnitude

14 Sep 2005 - 1 - 4.6
20 Sep 2005 - 2 - 5.5
21 Sep 2005 - 16 - 4.9
22 Sep 2005 - 12 - 4.9
23 Sep 2005 - 9 - 4.8
24 Sep 2005 - 29 - 5.6
25 Sep 2005 - 42 - 5.2
26 Sep 2005 - 9 - 5.2
27 Sep 2005 - 1 - 4.5
28 Sep 2005 - 5 - 5.1
29 Sep 2005 - 2 - 4.8
01 Oct 2005 - 1 - 4.5
02 Oct 2005 - 1 - 5.0
04 Oct 2005 - 1 - 4.5
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Outra região semelhante, mas muito mais perigosa é o 
chamado Cinturão de Fogo do Pacífico, perto do sudeste 
asiático. Lá, a crosta terrestre está se abrindo no fundo 
do mar, o que provoca abalos submarinos capazes de 
gerar ondas gigantes, os tsunamis, como os que 
atingiram recentemente a Indonésia. 
Não há nada que a humanidade possa fazer para deter
 esses processos de movimentação da crosta do 
Planeta.
 As populações que moram nessas regiões 
geologicamente 
ativas podem apenas se precaver, instalando bóias de 
alerta 
contra tsunamis e evitando morar perto dos vulcões e
 das fendas.
 em atividade, como esta da África.
  
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Como cresce o fundo do mar

 As placas que formam a crosta do nosso planeta flutuam
 como balsas em cima de um oceano de magma, 
ou rocha derretida a mais de mil graus de temperatura. 
Assim, sempre que uma fenda se abre, a lava brota do
 interior do planeta, preenchendo rapidamente a abertura.
 Quando a lava esfria, ela se solidifica formando uma 
nova crosta no lugar da que se partiu. O fundo do mar 
cresce deste modo, com a América do Sul e a África 
se afastando gradualmente, enquanto a rachadura no
 meio do oceano vai sendo preenchida com camadas 
de um novo solo marinho.

No caso da fenda na África, o novo solo formado no
 interior da fenda vai ficar abaixo do nível do mar, provocando a gradual invasão das águas do Mar Vermelho e
 formando um novo oceano. Isso faz com que a geografia do planeta mude gradualmente ao longo das eras. 
Se um viajante do tempo chegar na Terra, daqui a 250 milhões de anos, vai ter que desenhar um novo mapa do 
mundo. Porque provavelmente a Califórnia já terá se separado dos EUA, a Etiópia do resto da África e é provável 
até que a América Central tenha se fragmentado, criando um braço de mar a unir o Atlântico e o Pacífico. (JLC)

Por Clélia Dahlem da Silva


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