Você sabia que a maior parte do lixo produzido em nossas casas poderia ser reaproveitado? Isso mesmo. Com a técnica de compostagem orgânica, restos de comida, por exemplo, se transformam em adubo, usado para fertilizar uma horta caseira. Dessa forma, a técnica vem sendo desenvolvida há dois anos pelo Colégio Fazer Crescer (CFC), no bairro do Rosarinho, e agora será ensinada aos alunos da Escola do Recife, da Universidade de Pernambuco (UPE), na Madalena. As duas escolas já assinaram contrato de parceria e o CFC prepara o projeto que será executado pela instituição de ensino público. A reciclagem do lixo orgânico doméstico pode reduzir em até 75% o volume de resíduos depositados nos aterros sanitários das cidades.
Não é difícil colocar em prática a técnica. Quase todos os restos de alimentos podem ser transformados em composto. "O mais complicado é convencer as pessoas a separar o lixo. É uma questão de hábito, conscientização e educação", diz a diretora do Fazer Crescer, Gláucia Vitalino Lira. No colégio, todas as cascas de frutas, legumes, ovos, borra de café, saquinhos de chá, podas de jardinagem, guardanapos de papel e palitos de fósforos são recolhidos e usados na compostagem. As folhas varridas na Praça do Rosarinho, adotada pela escola, também são recolhidas e depositadas no compostor. E assim, o lixo se transforma em pão. "Foi um meio que encontramos para não desperdiçar o lixo e produzir adubo natural, aplicado na horta da própria escola", comentou.
A qualidade do produto final vai depender do tipo de resíduo depositado na composteira. Em geral, quanto maior a diversidade dos materiais depositados, melhor será a qualidade do produto gerado. "O resíduo ideal é aquele de origem vegetal e ainda cru. Mas as carnes, gorduras, fezes de animais domésticos e alimentos já cozidos ou fritos devem ser evitados", ensinou. Os alunos estão bem envolvidos com o processo. Desde os estudantes do infantil ao ensino médio. Geralmente, por mês, as composteiras da escola produzem umamédia de 500 quilos de adubo natural. Na semana passada, a técnica bem sucedida desenvolvida pelo colégio particular foi apresentada na Escola do Recife. Até o início do segundo semestre deste ano, a instituição de educação estadual deverá implantar o modelo.
Coleta Seletiva - Além da técnica de compostagem, o Fazer Crescer já trabalha com a separação de lixo reciclável. A escola possui coletores instalados na portaria principal, onde os alunos podem despositar o resíduos recolhidos das próprias casas. Todo material é repassado para o catador Ezequiel Ferreira de Souza, que trabalha há nove anos com reciclagem. Graças ao que ele arrecada na escola ele tem conseguido aumentar a renda da família.
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